É mais fácil aprender um 3º idioma, depois do 2º ? - Classes Gramaticais
- Rebeca Simim
- 11 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 18 de out. de 2022
É comum ouvir que depois de se tornar fluente em um idioma, além do materno, é mais fácil aprender outros. De fato, nosso cérebro desenvolve uma capacidade de alto nível para reter informações, manipular e utilizá-las com flexibilidade, suprimindo as irrelevantes. É o que diz Julie Fiez, professora do departamento de neurociência da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos.
Isso acontece porque o cérebro já entendeu que é possível percorrer um novo caminho e, basicamente, os idiomas obedecem a alguns padrões universais.
Você consegue imaginar, então, que todas as palavras de uma língua podem se encaixar em categorias? Em inglês, existem oito classes gramaticais, que são os substantivos, pronomes, adjetivos, verbos, advérbios, preposições, conjunções e interjeições.
Para facilitar nosso entendimento sobre o assunto, ao longo destas postagens, vamos relacionar as também chamadas Parts Of Speech aos elementos de uma história como, enredo, tempo, narrador e personagens.
Por mais que não tenhamos consciência, nossa mente recebe novos aprendizados como estímulo, assim, começa a se acostumar com a ideia de encaixá-los à história que você quer criar e contar em outra língua.
Nesta construção, começamos a perceber que algumas palavras têm sons particulares, e que o novo idioma tem sua melodia, como quando você identifica sotaques de outras regiões no país onde mora.
Fazendo descrições de um enredo, é possível entender que uma palavra que achamos pertencer a uma classe gramatical, pode trabalhar bem em outra. Experimente usar, por exemplo, o substantivo Whatsapp como verbo na frase:
" I'll whatsapp you later with the details! ". Pronto! Você transformou um nome em um intento, criando a fala de uma ação que você realizará mais tarde.
Outra prática que ajuda muito é nos imaginarmos dentro desta história. Pense no local onde ela acontece, quando, o contexto, os personagens, que podem até ser animais ou inanimados, e, por fim, quem poderá estar relatando tudo. Desse modo, quando uma situação parecida realmente acontecer, seu cérebro estará mais confortável com ela e trará diferentes tons de voz mais rapidamente à sua boca, acompanhados de expressões faciais e corporais.
Sim, nosso cérebro é, de fato, uma máquina extraordinária. Só precisamos buscar operá-la e, com instruções e prática, teremos resultados surpreendentes.
Comments